3º Trimestre/2016
Texto Base: João 3:1-16
"Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no Reino de Deus" (João 3.5)
INTRODUÇÃO
Você acha que evangelizar o orbe
acadêmico e político é um desafio sobremodo grande? Você acha que evangelizar
grupos desafiadores - como as prostitutas, os que vivem nas drogas e os
homossexuais - exigem estratégias bastante engenhosas e muita oração e jejum?
Então, deve-se engendrar mais esforços e muito mais dependência do Espírito
Santo para enfrentar o maiúsculo desafio de evangelizar os religiosos, ou seja,
aqueles que tem a religião como um meio para se chegar a Deus ou uma recompensa
após a morte. É certo que ninguém será salvo por pertencer a uma igreja ou
grupo religioso. Por isso, essas pessoas precisam conhecer realmente o Caminho
certo, o Salvador, Cristo Jesus, o Senhor. A salvação é obtida pela graça de
Deus (cf. Ef 2:8). É um Dom gratuito de Deus que o pecador recebe pela fé no
sacrifício vicário de Jesus Cristo. Nicodemos era um homem religioso, um
fariseu, e ao se encontrar com Jesus, o Salvador lhe falou a respeito da
necessidade de ser transformado e de “nascer de novo” - “Jesus respondeu e
disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não
pode ver o Reino de Deus” (João 3:3). Jesus Cristo é o único que pode levar o
ser humano ao Céu, Ele morreu para este fim. Ele disse a Tomé: “Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).
Portanto, falar de Cristo aos religiosos é urgente e essencial.
I. OS MITOS DA RELIGIÃO
O homem ao afastar-se de Deus,
endeusou-se e pôs-se a inventar as mais absurdas seitas e as mais esdrúxulas
religiões. Alguns mitos foram criados em torno da religião. Tais mitos, na
verdade, não passam de subterfúgios, que levam o ser humano a esconder-se da
face de Deus. Veja, a seguir, alguns mitos que têm ludibriado inúmeras pessoas
em todo o mundo e bloqueado suas mentes para não conhecer o verdadeiro caminho
que leva o ser humano a Deus.
1. Mito um: todas as religiões são
boas. Ao longo da história existiram, e ainda existem, religiões
terríveis, que pregavam e pregam o terrorismo, o ódio, o sacrifício humano.
Vejamos, por exemplo, o caso de Moloque. Em sua adoração, os amonitas queimavam
suas criancinhas (Lv 18:21; Jr 32:35). E, no culto a Baal-Peor, divindade
venerada pelos midianitas e moabitas, os desregramentos sexuais não tinham
limites (Oséias 9:10). A prática de tais abominações levou o Senhor a castigar
severamente a Israel (Nm 25). Portanto, historicamente a afirmação de que todas
as religiões são boas não prevalece. Também de forma lógica não se pode fazer
tal afirmação. Para os cristãos autênticos, Jesus Cristo é o filho de Deus que
se fez homem. Assim, o Cristianismo tem algo que nenhuma outra religião tem.
2. Mito dois: todas as religiões levam
a Deus. Muitas pessoas acham que todas as religiões apresentam caminhos
válidos para se encontrar Deus e entender o sentido da vida. Você já ouviu
alguém dizer: “não importa a que religião você pertence, todas elas levam ao
mesmo Deus”? Na sociedade pós-moderna, tolerante ou pluralista, em que vivemos,
essas ideias são populares. Quem pensa de outra maneira é encarado como alguém
de mente fechada, até mesmo intolerante. Ora, se toda religião, seja qual for o
modo de suas práticas, leva o ser humano a Deus, então a morte vicária de Jesus
em favor da humanidade perdida foi debalde, haja vista que quando Jesus veio já
existia inúmeras religiões, inclusive o budismo, o hinduísmo, o judaísmo, etc.
A Bíblia diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm
3:23). Isto quer dizer que sem Jesus Cristo ninguém será salvo, em qualquer que
seja a religião, inclusive no cristianismo. Nem todos aqueles que se dizem
pertencer à “religião cristã”, são cristãos verdadeiros (cf. Mt 7:21). Ser
cristão autêntico é ser parecido com Cristo. Ser parecido com Cristo é andar
como Jesus andou, falar como Jesus falou, agir come Jesus agiu, sentir como
Jesus sentiu.
Se todas as religiões levam ao mesmo
Deus, com certeza veríamos cada uma delas usando sua influência para trazer paz
e união à humanidade. Mas não é isto que tem acontecido. A história indica que
em vez de unir a humanidade, a religião é motivo de divisão e conflitos
mortais. Vejamos alguns exemplos:
· Do século 11
ao 13, a cristandade, ou seja, as nações que professam ser cristãs, foram à
guerra contra forças islâmicas numa série de Cruzadas.
· Na Europa do
século 17, católicos e protestantes se enfrentaram na Guerra dos Trinta
Anos.
· Em 1947, assim que
o subcontinente indiano se tornou independente da Grã-Bretanha, hindus e
muçulmanos entraram em conflito.
· Mais recentemente,
católicos e protestantes lutaram durante anos na Irlanda do Norte.
· No Oriente Médio,
ainda não existe paz entre judeus e muçulmanos.
· E no topo da lista
está a Segunda Guerra Mundial, que envolveu pessoas das cinco religiões
principais, até mesmo colocando membros da mesma religião em lados opostos do
conflito.
A conclusão que se tem disso tudo é
óbvia: as religiões do mundo não trouxeram paz e união, nem têm levado ao mesmo
Deus. Pelo contrário, elas têm dividido a humanidade e criado uma imagem
confusa de quem é Deus e de como adorá-lo. Assim, quem quiser se achegar ao
verdadeiro Deus precisa escolher cuidadosamente o caminho: Jesus Cristo (João
14:6). Receber a Jesus como Único e Suficiente Salvador não faz da pessoa um
religioso, mas sim alguém que foi transformado, uma nova criatura, pela
misericórdia divina.
3. Mito três: nenhuma religião é
verdadeira. A religião pura e verdadeira vai muito além de doutrinas e ritos.
Hoje há um grande abismo entre o que professamos e o que vivemos; entre o que
dizemos e o que fazemos; entre a nossa profissão de fé e a nossa prática de
vida; entre o cristianismo teórico e o cristianismo prático. Esse
distanciamento entre verdades inseparáveis, essa falta de consistência e
coerência, dá à luz uma religião esquizofrênica e farisaica.
Tiago afirma que “a religião pura e
imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1:27). Aqui, Tiago afirma o
seguinte:
ü A verdadeira
religião é amar o próximo. Tiago associa, dentro da comunidade cristã, a
verdadeira religião com práticas adequadas, e mostrando que a fé verdadeira
está associada não apenas à fé, mas com o que fazemos para espelhar nossa fé. O
amor ao próximo não é o conteúdo do cristianismo, mas sua expressão. A
preocupação prática da religião de uma pessoa é o cuidado pelos outros. A
religião é a prática da fé, é a fé em ação. Palavras não substituem obras (Tg
2:14-18; 1João 3:11-18).
ü A verdadeira
religião é amar a Deus e viver uma vida separada da corrupção do mundo. A religião
verdadeira não é um simples ritual, não é misticismo ou encenação,
mas é ter uma vida separada para Deus; é guardar-se incontaminado do mundo, ou
seja, do sistema de valores pervertidos, corruptos, sujos, imorais e
inconsequentes. A religião que agrada ao Senhor é rechaçar o mal ainda que
mascarado de bem. O mundo é atraente, ele arma um cenário encantador para nos
atrair. Contudo, o mundo jaz no maligno (1João 5:19). Para nos protegermos da
corrupção do mundo, precisamos nos comprometer com o sistema ético e moral de
Cristo, e não com o do mundo. Não devemos nos adaptar ao sistema de valores do
mundo, baseado no dinheiro, no poder e no hedonismo. A verdadeira fé não
significa nada se estivermos contaminados com estes valores. Não podemos amar o
mundo nem ser amigo dele. Não podemos nos conformar com o mundo para não sermos
condenados com ele (Rm 12:2).Observe a exortação de João: “Não ameis
o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o
mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre” (1João 2:15-17).
II. COMO EVANGELIZAR OS RELIGIOSOS
Evangelizar os religiosos é um grande
desafio. Precisamos de algumas habilidades para partilharmos nossos
conhecimentos com as pessoas religiosas, seja qual for a religião. Tendo como
exemplo a ação evangelística de Jesus, vejamos como expor o Evangelho aos
religiosos.
1. Ame-os. Se o motivo pelo qual você pretende contatá-los não é porque
os ama, desista. Todo evangelizador precisa amar profundamente os seus
evangelizandos. Só um grande amor pode nos preparar para suportarmos
pacientemente as incompreensões, os insultos, as calúnias, os deboches e até
agressões físicas de alguns religiosos.
2. Ore por eles. Se você quer mesmo falar de Jesus aos
espíritas, católicos, muçulmanos, ateus, etc., então, primeiramente, fale deles
para Jesus. Ou seja, primeiramente ore por eles, pedindo ao Senhor para abrir
os olhos do entendimento deles, a fim de que enxerguem os erros dos quais são
vítimas.
3. Saiba como começar e quando parar. Ore ao Senhor
pedindo-lhe para pôr na sua boca a palavra certa, no momento certo (Pv 25:11).
Não permita que o diálogo com a pessoa religiosa perca o controle. Sempre que o
diálogo esquentar, está na hora de parar - “Ao servo do Senhor não convém
contender” (2Tm 2:24). A nossa guerra não é contra os religiosos, mas sim,
contra Satanás e seus demônios. Em vez de contender com os religiosos, fale
que Cristo é a única solução para a humanidade caída e carente da glória de
Deus.
4. Trate a religião do outro com o devido respeito. Nosso senhor
não tratou a mulher samaritana de maneira grosseira, nem deixou de atender o
clamor da mulher sírio-fenícia. Ambas as mulheres, por certos, adoravam outros
deuses e praticavam uma religião que, do ponto de vista das Escrituras, não
dignificavam o ser humano. Mas com todo carinho e amor, Cristo Jesus se pôs a
falar com essas mulheres de maneira respeitosa e amorosa.
5. Não detrate a religião alheia. Não é fazendo
"guerra santa" que pessoas crerão no Senhor. É constrangedor quando
sabemos de casos de completa falta de sabedoria e bom senso, em que o
anunciante da Palavra põe-se a agredir a religião alheia. É importante
ressaltar que, da mesma forma que nos sentiríamos ultrajados se alguém entrasse
em nosso templo e quebrasse o púlpito à machadadas, igualmente o mesmo
sentimento se passa na mente e no coração do adepto de determinada religião em
que vê o seu símbolo sendo maltratado. A atitude de "guerra" e agressividade
nada tem a ver com o nosso Senhor e o seu método de propagar o Evangelho e o
Reino de Deus.
Portanto, “sem ofender a religiosidade de seus ouvintes, mostre, em
Jesus Cristo, a verdadeira religião. Foi o que Paulo fez em Atenas. Tendo como
ponto de partida o altar ao Deus desconhecido, anunciou-lhes Cristo como o
único Caminho que salva o pobre e miserável pecador (At 17:26-34). Se agirmos
assim teremos êxito na evangelização dos católicos, espíritas, judeus,
muçulmanos, ateus e desviados”. Se detratarmos a religião alheia, não teremos
tempo para falar de Cristo, pois a evangelização exige ações rápidas e
efetivas.
III. RELIGIOSOS QUE REPRESENTAM DESAFIOS
Os seguimentos religiosos, a seguir,
são bastante desafiadores. Por isso, são necessárias estratégias adequadas e
bem definidas, sob o auspício do Espírito Santo, a fim de que o Evangelho de
nosso Senhor possa alcançá-los.
1. Católicos romanos. Ao evangelizar um
católico, fale do grande amor de Jesus, bem como do poder do Seu sangue
remidor. Dê prioridade a isso, porque se ele conseguir entender isso e decidir
confiar só no Senhor, o Espírito Santo lhe abrirá os olhos do entendimento para
que enxergue quão profundo abismo é o catolicismo romano. Nesse momento, as
algemas de Satanás serão quebradas e ele será posto em liberdade. É o Evangelho
que liberta. Ajude o católico a entender que crer na igreja católica, crer no
purgatório, crer nos sete sacramentos, crer nas indulgências, etc., não é crer
no Evangelho. Não ofenda Maria, nem os “santos” gerados por eles. Evite apontar
a igreja evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes Jesus como o
caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Certamente, ao convidar a sair do
catolicismo e aceitar a Jesus Cristo como único Salvador e Senhor a pessoa vai
dizer que “não pode trair a tradição que recebeu de seus pais, de seus avós e
de todos os seus antepassados que, segundo ela, eram todos católicos”. Porém,
veja o que diz a Palavra de Deus: “Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver, que portradição recebestes de vossos pais, mas com o
precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de
Cristo” (1Pd 1:18,19). Tradição é prática criada pelo ser humano. Jesus
reprovou veementemente os judeus que substituíam a Lei de Deus pela tradição
(Mt 5:1-6). Disse Jesus: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o
mandamento de Deus” (Mt 15:6). Portanto, a tradição é pecaminosa, quando ela
entra em conflito com a Palavra de Deus ou quando ela é colocada em
proeminência em detrimento das Escrituras Sagradas.
2. Espíritas. A comunicação com
os mortos, o esforço de um estreito relacionamento com os espíritos
desencarnados, e a possibilidade de as almas retornaram à vida corpórea em
corpos diferentes, são os baluartes da doutrina espírita. O espiritismo está
sob condenação divina porque consulta os mortos, tenta manter diálogo com eles,
recebe mensagens de seres espirituais que dizem ser espíritos desencarnados, e,
além disso, distorce a Palavra de Deus e nega as principais doutrinas bíblicas.
Não podemos nos esquecer de que os “espíritos” que se manifestam nas sessões
kardecistas nada mais são que demônios, espíritos malignos, que iludem as
pessoas e que são seres que têm conhecimento acurado das circunstâncias em que
estão envolvidas as pessoas que os consultam, muitos deles pessoas que já se
encontram escravizadas por estes mesmos espíritos.
Deus é enfático quando diz: "Não
haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador,
nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos. O Senhor abomina todo
aquele que faz essas coisas..."(Dt 18:10-12). Necromante era o nome dado
ao espírita de hoje, isto é, pessoa que invoca os mortos.
A Bíblia diz em 1Samuel 28:7 que Saul
procurou uma necromante, isto é, uma mulher que consultava os mortos, porque
ele estava ansioso por uma “palavra do Senhor”, que viesse por intermédio do
profeta Samuel, já falecido. Os espíritas têm usado esta passagem para
justificar que houve a comunicação com o espírito de Samuel. Enganam-se, pelos
seguintes motivos: (a) Deus não iria favorecer uma prática por Ele próprio
condenada, em função da qual condenou Saul, conforme Deuteronômio 18:10-12 e
1Crônicas 10:13-14; (b) Se Samuel fora enviado por Deus - o espiritismo ensina
que Deus só se comunica com os homens através dos bons espíritos - teria
cumprido com prazer sua missão, e não teria dito a Saul: "Por que me
inquietaste, fazendo-me subir"? (c) O espírito maligno que se incorporou
na pitonisa (médium) mentiu ao profetizar que no dia seguinte Saul e seus
filhos morreriam (1Sm 28:19). A morte de Saul não ocorreu no dia seguinte, e
somente três de seus filhos morreram (1Sm 31:2,6; 1Cr 10:2,6). Os outros
filhos, Is-Bosete (2Sm 4:7), Armoni e Mefibosefe (2Sm 21:8) não foram mortos na
batalha contra os filisteus. E mais, Deus puniu Saul por causa do seu ato
abominável: "Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão com que
transgrediu contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, a qual não havia
guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar"(1Cr
10:13).
Também, Manassés, o décimo-quinto rei
de Judá, cometeu este ato abominável de consulta aos mortos e feitiçarias -
"Fez seus filhos passarem pelo fogo no vale do filho de Hinon, praticou
feitiçaria, adivinhações e bruxaria, e consultou médiuns e adivinhos, fez muito
mal aos olhos do Senhor, provocando-o à ira"(2Cr 33:6). Por causa
disso, Deus o puniu severamente. Ele foi levado cativo para a Babilônia (2Cr
33:11).
Na parábola do rico e Lázaro (Lc
16:19-31), o Senhor Jesus confirma a impossibilidade de os mortos se
comunicarem com os vivos. Em resposta ao rico, que estava em tormentos e lhe rogava
que enviasse Lázaro aos seus irmãos na Terra, Abraão foi categórico: "Têm
Moisés e os profetas. Ouçam-nos". Ou seja, seus irmãos possuem os
cinco livros de Moisés (o Pentateuco) e os livros dos profetas. Devem eles
buscar suas verdades, ler essas Escrituras para alcançarem a vida eterna. Mas o
rico insistiu: "Não, pai Abraão, mas se algum dos mortos fosse ter com
eles, arrepender-se-iam". O rico estava aterrorizado diante do que
estava vendo e sofrendo. Não desejava a mesma coisa para o seu pior inimigo.
Acreditava o rico no testemunho de Lázaro. Pensava ele que a Lázaro seria
permitido sair do seu lugar para levar a boa mensagem de salvação aos vivos.
Mas Abraão fechou a questão, decisivamente: "Se não ouvem a Moisés e aos
profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos volte à vida".
Os destinos desses dois homens, do rico e de Lázaro, eram irreversíveis. Vê-se
que em nenhum momento Abraão acena com a possibilidade de o sofrimento do rico
ser amenizado.
Em Isaías 8:19, lê-se: "Não
recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?”.
Desde a formação do homem no Éden Deus estabeleceu o princípio da obediência.
Se Deus proíbe qualquer prática ou ato que tenha por objetivo entrar em
comunicação/comunhão com espíritos de pessoas mortas, devemos obedecer. Deus
proíbe o ato de se tentar obter, através de adivinhos e necromantes, certas
informações dos espíritos, ou até mesmo alívio para os males do corpo e da
alma.
Diante do exposto, concluímos que se
os espíritas não aceitarem a Cristo como único e suficiente Salvador estarão
perdidos para sempre. Por isso, urge que os evangelizemos. Todavia, na
evangelização dos espíritas, evite toda e qualquer discussão. Com amor e
sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem
uma única vez, vindo depois disso o juízo, e que o sacrifício de Jesus Cristo é
suficiente para levar-nos ao Pai (Hb 9:27; 1Pd 3.18).
3. Judeus e muçulmanos. Qualquer
pessoa ou segmento religioso na face da Terra deve ser evangelizado. A Grande
Comissão ordenada por Jesus Cristo (Mt 28:19,20) inclui todos os povos e
religiões, sem exceção. Os judeus, embora considerados o povo da promessa, são
tão carentes da Salvação em Cristo quanto os muçulmanos
"jihadistas” (Rm 3:23). A “jihadi” ("empenho",
"esforço) é o principal pilar da religião muçulmana. Através da “jihadi”
os muçulmanos procuram atingir o seu objetivo principal: reordenar o governo e
a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia. E para
atingir esse objetivo eles perpetram atos violentos contra aqueles que não
aceitam suas diretrizes. Os “jihadistas” entendem que a luta violenta é
necessária para erradicar obstáculos para a restauração da lei de Alá (deus
lua) na Terra e para defender a comunidade muçulmana contra “infiéis”
(geralmente cristãos e judeus) e apóstatas (pessoas que deixaram a religião).
Com raras exceções, todos os seus adeptos ficam calados quando ocorrem os
diabólicos atos homicidas praticados em nome de “Alá”(deus lua). O objetivo
final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que
para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião.
Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo
militarmente e matar os inimigos do Islamismo: judeus e cristãos.
Veja só uma parcial de alguns
mandamentos do livro “sagrado” muçulmano – O Alcorão (Extraído do site oficial
do Islã no Brasil):
· Sura 2:191 –
“Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram,
porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas
cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos
combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos”.
· Sura 4:91 -
“...capturai-os e matai-os, onde quer que os acheis, porque sobre isto vos
concedemos autoridade absoluta”.
· Sura 9:111 - “Alá
cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso.
Combaterão pela causa de Alá, matarão e serão mortos. É uma promessa
infalível, que está registrada no Alcorão. E quem é mais fiel à
sua promessa do que Alá? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com
ele. Tal é o magnífico benefício”.
· Sura 9:5;29 – “Mas
quando os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer
que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os... Combatei aqueles que
não creem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu
Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião...”.
Como alguém pode aceitar como verdade
absoluta isso que lemos acima e ainda não ser radical? (Pois todos os
islâmicos aceitam o Alcorão como a única e verdadeira revelação de Alá).
Precisamos alertar a população dos "prós e contras" o que essa
religião pode trazer à nossa sociedade. Não estamos lidando somente com
religiosos, mas com pessoas que vivem uma religião/política de maneira
fanática. É nesse aspecto que precisamos tomar os devidos cuidados.
A Bíblia Sagrada diz que a religião
pura e imaculada é: Amar a Deus e ao próximo (Tiago 1:27). Desta feita, os
muçulmanos precisam de Salvação na Pessoa de Cristo. Por isso, precisamos
evangelizá-los. Mas, são necessárias estratégias adequadas para ganhá-los para
Cristo. A advertência dada ao profeta Ezequiel ainda ecoa em nossos dias: “Quando
eu disser ao perverso: Certamente, morrerás, e tu não o avisares e nada
disseres para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse
perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei”
(Ez 3:18).
Na evangelização dos muçulmanos, não
ofenda Maomé, o “profeta" deles.
4. Ateus. Apesar de os
ateus se apresentarem como não religiosos e descrentes da existência de Deus,
são tão religiosos quanto os demais homens. Aliás, não existe ateu no seu stricto
sensu. Embora não confesse, pois isso seria demonstração de fraqueza, todo
ateu nutre dentro de si uma dualidade que o angustia. Ao mesmo tempo em que
reluta crer em Deus, sente-se como que atraídos pela divindade. Isso porque o
homem, por mais que procure fugir de Deus, mais dele se aproxima. Em seu
coração existe um clamor oculto, um vazio tão imenso quanto o próprio Deus que
ele nega. Sim, porque a crença num Ser superior, ainda que não seja
propriamente no Deus da Bíblia, é uma das mais tangíveis realidades da
existência humana. Prova disso é que nunca foi encontrada, em nenhum período da
história, um povo que não acreditasse num Ser Eterno. Quando alguém, por livre
iniciativa ou mesmo por iniciativa de outrem, resolve duvidar da existência de Deus,
tal pessoa rompe com sua própria essência, portanto, com sua própria vida.
Essencialmente, o homem sem Deus é como um carro sem combustível, existe, mas
não funciona.
Ao evangelizar uma pessoa que se diz
ateu é aconselhável não insistir que ele creia na existência de Deus, por mais
tangível que isso possa parecer. O ateu é orgulhoso e ele não vai se render tão
facilmente. Apenas deixe bem claro que Jesus salva e liberta o mais vil dos
pecadores e que um Dia todo ser humano estará em sua presença, creia ele ou
não.
5. Os desviados do Evangelho. A igreja jamais
deve esquecer-se dos desviados. Eles são tão carentes de salvação como os que
nunca ouviram o Evangelho, pois se eles não voltarem antes da morte chegar,
poderá, sim, perder a salvação eterna. Sobre a possibilidade de o desviado
voltar, podemos entender através da parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32) e
de exemplos que já ocorreram várias vezes em nossas igrejas. O Senhor Jesus
deixou clara a possibilidade de o filho voltar à casa do Pai, embora tenha ido
para muito longe, embora tenha sofrido e causado grandes prejuízos –
“...desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente...”. Mediante o
reconhecimento do seu erro, e sua decisão de retornar, e com humildade ter
feito sua confissão e seu pedido de perdão – “Pai, pequei contra o céu e
perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho” -, o Pai não impôs
qualquer restrição, mas, recebeu-o novamente como filho – “Mas o pai disse
aos seus servos: trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um
anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e
comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se
perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se”.
É certo que hoje, a casa do Pai, representada
pela igreja, está com as portas abertas para receber todos aqueles seus filhos
que um dia foram embora. Satanás usa de suas armas para convencer aquele crente
que pecou, bem como aquele que se desviou, voltando para o mundo, de que não há
mais perdão para ele, que ele cometeu pecado imperdoável e que está, realmente,
perdido, que é um apóstata. Pecar, por um momento de descuido, afastar-se da
Igreja, ou desviar-se, quer seja porque tenha pecado, quer seja por ter sofrido
uma decepção, quer seja por ter perdido o ânimo, por falta de oração, de
alimento espiritual, nada tem a ver com o pecado imperdoável ou com apostasia.
A igreja precisa engendrar esforços para trazer novamente esse “filho pródigo”
à casa do Pai. Usemos testemunhos e passagens bíblicas que os animem a
consagrar-se de novo a Deus. Muitas das mensagens dos profetas do Antigo
Testamento eram dirigidas aos filhos de Deus que se desviaram.
CONCLUSÃO
Falar de Cristo aos religiosos não é
tarefa simples, porém, é necessária e urgente. Os evangelizadores devem se
preparar adequadamente, visando alcançar qualquer pessoa que ainda não tem
Jesus Cristo como único mediador entre Deus e o homem (1Tm 2:5). Ninguém pode
ser esquecido em nossas ações missionárias e evangelísticas. Quando a pessoa
aceitar a Cristo como Senhor e Salvador, faça a seguinte oração com ela:
“Senhor Jesus, reconheço que meus
erros são frutos de minha rebelião contra ti. Perdoe os meus pecados. Agradeço
pelo teu precioso sangue que me purifica e me liberta de todo o mal. Eu sei que
o Senhor me ama e me aceita como eu sou, foi por isso que morreste na cruz.
Faze de mim a pessoa que tu queres que eu seja. Pela fé entrego o controle da
minha vida a ti. Que teu Espírito faça morada em minha vida. Confio em Ti como
meu Salvador e Senhor. Declaro que eu vou te seguir enquanto eu viver. Decido
participar de teu reino na vida da tua igreja. Oro em nome de Jesus. Amém”.
--------
Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo
Testamento) - William Macdonald.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence
O. Richards.
Revista Ensinador Cristão – nº 67.
CPAD.
Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Evangelização – a Missão máxima da Igreja. PortalEBD_2007.
Pastor Joel Santana. Como evangelizar
os católicos.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Atos. A
ação do Espírito Santo na vida da igreja.
O desafio da Evangelização. Pr.
Claudionor, de Andrade. CPAD.
Orlando Boyer. Esforça-te para ganhar
almas. Ed. Vida.
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